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Atlas de conflitos no campo aponta aumento de mortes este ano

Em 2016, foram registrados 61 assassinatos por conflitos no campo em todo país, 48 deles na Amazônia Legal. Em 2017, até o momento, foram registrados 63 assassinatos, 49 deles na região amazônica

Repórter Nacional

No AR em 28/09/2017 - 23:30

A Comissão Pastoral da Terra (CPT), em parceria com outras entidades, lançou nesta quinta-feira (28) o Atlas de Conflitos na Amazônia. O objetivo da publicação é dar visibilidade, principalmente por meio de mapas, aos conflitos no campo existentes nos nove estados da Amazônia Legal.

O material tece um cenário de embates que perduram anos, agravando a situação agrária na região. No capítulo de cada estado, um conflito ganha destaque. No Pará, por exemplo, o atlas apresenta a chacina de Pau D'Arco, que ocorreu no fim de maio deste ano; e pelo estado de Mato Grosso, o exemplo foi o massacre de Colniza, que ocorreu em abril. No lançamento, representando o Ministério Público Federal, o procurador Felício Pontes ressaltou que o documento registra a morte das populações tradicionais.

O procurador revelou que o Atlas será importante para o Ministério Público Federal, que definiu como diretriz para os próximos anos, enfatizar a promoção dos direitos humanos. O geógrafo Gustavo Ferreira, que prestou assessoria na construção dos mapas, destacou o número de conflitos nos estados. Em Mato Grosso, 70% dos municípios tem algum tipo de enfrentamento. 

A cada ano, a CPT também publica o caderno de Conflitos no Campo e a região Amazônica sempre ganha destaque. Em 2016, foram registrados 61 assassinatos por conflitos no campo em todo país, 48 deles na Amazônia Legal. Em 2017, até o momento, foram registrados 63 assassinatos, 49 deles na região amazônica.

Confira também nesta edição do Repórter Nacional:

- Bonifácio de Andrada, do PSDB, será relator da nova denúncia contra Temer;
- Governo anuncia redução da idade mínima para o saque do PIS/Pasep

 

Criado em 29/09/2017 - 02:00 e atualizado em 29/09/2017 - 01:59

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