O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, negou o mandado de segurança feito pela defesa do senador Aécio Neves, do PSDB, pedindo a suspensão da decisão que levou ao seu afastamento, no último dia 27.
Ontem, após Fachin ser escolhido relator do caso, o advogado do senador pediu que outro ministro fosse designado, considerando que Fachin foi o responsável pelo primeiro afastamento de Aécio, em maio. Nesta terça-feira (03), a presidente do STF, Cármen Lúcia, decidiu manter Fachin como relator.
O afastamento de Aécio é o primeiro item da pauta do Senado, mas não há certeza que a votação vai acontecer. Os líderes partidários tinham uma reunião às 14h30, mas o presidente Eunicio Oliveira, só chegou por volta das 17h30, foi direto para o plenário e colocou em pauta uma pedido de adiamento da votação.
Os senadores que falaram durante a tarde acham mais adequado aguardar o julgamento que será feito no Supremo Tribunal Federal no próximo dia 11, e que vai esclarecer se cabe ao Congresso rever decisões do tribunal sobre afastamento de parlamentares.
O julgamento foi marcado na última sexta-feira após o presidente do Senado e a presidente do STF chegarem a um acordo. Raimundo Lira, líder do PMDB, disse que conversou com os colegas de bancada durante o final de semana e que a maioria pediu o adiamento da votação marcada para esta terça. Humberto Costa, do PT e líder da minoria, também defendeu o adiamento.
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