Trezentos e cinquenta e sete municípios brasileiros estão em situação de risco e outras 1.139 cidades estão em alerta para um possível surto de dengue, zika e chikungunya. Os dados são do Levantamento rápido de Índices de infestação do Aedes aegypti, conhecido como Mapa da Dengue, e foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Saúde.
1.623 municípios não enviaram as informações ao órgão, inclusive nove capitais, como São Paulo e Brasília. Essas cidades podem ficar sem a segunda parcela do recurso usado para combater o mosquito. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o órgão vai pedir novamente os dados. Caso não consiga, os municípios vão sofrer a sanção prevista.
O Ministério da Saúde divulgou também o número de infecções em comparação com o ano passado. Foi identificada a redução de notificações para dengue, de 84%, zika, de 92% e chikungunya, de 32%. O principal foco do mosquito é o armazenamento de água, principalmente no Nordeste e Centro-Oeste.
Pesquisadores e instituições como a Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, defendem que a principal estratégia do governo deveria ser a disponibilização de meios seguros para armazenar água, junto com a solução de longo prazo de saneamento básico.
Eles criticam o uso de larvicidas na água potável e do malathion, o famoso fumacê, um produto considerado cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, da OMS. O ministro da Saúde informou que novas compras da substância estão suspensas, mas por causa do excesso do produto em estoque. Existe mais de um milhão e duzentos mil litros do malathion guardados que devem abastecer o país até o verão de 2019. Ele garante que substância é segura.
Também foi lançada a campanha do Ministério da Saúde para conscientizar a população a combater o mosquito. A campanha será exibida a partir de hoje na TV, rádio e internet.
Ouça o Repórter Nacional (23h30) desta terça-feira (28) na íntegra:
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