A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu o desmembramento da investigação contra o ministro das relações exteriores, Aloysio Nunes, e o senador José Serra, ambos do PSDB.
No despacho ao Supremo Tribunal Federal, Raquel Dogde disse ser fato incontroverso ou seja, indiscutível, que houve repasse de R$ 500 mil da Odebrecht para a campanha de Aloysio Nunes ao Senado, em 2010. Os recursos, segundo investigação, não teriam sido declarados à Justiça.
A procuradora afirma que só falta descobrir a origem do dinheiro e a finalidade do repasse para então se configurar o crime de corrupção.
Já o senador tucano José Serra é acusado de receber pagamentos ilegais de construtoras ligadas a obras viárias em São Paulo.
Nos dois casos, a procuradora ressalta que os investigados não podem ser responsabilizados por crimes cometidos antes de 2010. A justificativa é que, como Aloysio Nunes e Jose Serra têm mais de 70 anos, o tempo de prescrição do crime cai pela metade.
Em nota, Aloysio Nunes alega que é um grave erro da procuradora dizer que o repasse é um fato incontroverso. O ministro defende que os delatores não foram capazes de esclarecer quem pagou, nem onde e nem quem recebeu os recursos.
Ouça o Repórter Nacional na íntegra:
Confira outros destaques do jornal nesta quinta-feira (2):
- Ministra de Direitos Humanos retira pedido para receber R$ 60 mil por mês
- Comissão da Câmara convida Torquato Jardim para comentar crise no RJ