Após a polêmica em torno da reforma da Previdência, o governo dá sinais de que vai ceder e admite flexibilizar o texto que está na Câmara dos Deputados. Segundo o vice-líder do governo, Darcísio Perondi, do PMDB, governistas devem apresentar uma emenda substitutiva ao projeto original, o que vai trazer mudanças.
A afirmação foi feita após reunião do presidente Michel Temer, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, além de parlamentares.
Segundo Perondi, as alterações devem facilitar a aprovação da reforma. E disse que a mínima deve ser mantida porque há um certo consenso nesse ponto. A proposta prevê atualmente a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Ele também explicou que as alterações devem manter o combate ao privilégio de servidores públicos. Sobre o que pode ser modificado, Perondi admitiu que o ponto que trata do tempo de contribuição ainda pode ser discutido.
Apesar da equipe econômica defender o texto original, o ministro da Fazenda lembrou que é preciso encarar a realidade econômica e também política. Ele garantiu que o governo discute a viabilidade da reforma e negocia os itens de maior resistência. Destacou, ainda, que o Congresso é soberano para aprovar as mudanças nas regras para aposentadoria e que o governo está firme para votar o assunto ainda este ano. No entanto, Rodrigo Maia lembrou que não é possível fixar uma data para votar a reforma.
A reforma da Previdência deve voltar a ser discutida em reunião na noite desta quarta-feira (08) entre o presidente Temer, ministros e deputados. Um novo encontro já está marcado para amanhã (09).
Ouça o Repórter Nacional desta quarta-feira (8) na íntegra:
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