O Ministério do Meio Ambiente enviou um ofício para a Eletrobras comunicando que a privatização do grupo vai ocorrer por aumento de capital, sem que a União possa, direta ou indiretamente, adquirir novas ações. Isso significa que serão emitidas novas ações da empresa no mercado financeiro até que o Estado Brasileiro detenha menos de 50% do capital, deixando assim de ter o controle do grupo.
De acordo com o estudo feito pelo ministério, isso pode aumentar o capital da estatal de energia elétrica em no mínimo 11 bilhões de reais e parte desse dinheiro seria usado para pagar a União pelas novas outorgas.
A Eletrobras é a maior holding do setor elétrico da América Latina e a 16ª maior empresa de energia do mundo. Para o governo, a empresa tem problemas financeiros como prejuízo de 30 bilhões de reais entre 2012 e 2015 e falta de pagamento de dividendos à União.
A privatização enfrenta resistência entre trabalhadores e parlamentares da região Norte, que se preocupam com a questão da água e com o acesso que a iniciativa privada estrangeira terá à biodiversidade da Amazônia.
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