Troca de comando na PF repercute no Congresso

Pouco depois do anúncio da demissão de Fernando Segovia do cargo de diretor-geral da PF, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se pronunciou sobre o caso. Ele disse aos jornalistas que se surpreendeu com o anúncio e elogiou Segovia.

O senador Randolfe Rodrigues, da Rede, também divulgou seu posicionamento. Ele diz que o governo se antecipou em uma decisão inevitável. “Nas declarações que ele fez, ofendeu princípios básicos como a independência da Polícia Federal e a autonomia dos delegados na condução de inquéritos. Se o presidente não o exonerasse, inevitavelmente ele seria afastado pela Procuradoria Geral da República”.

A troca do diretor da Polícia Federal também foi alvo de manifestação de integrantes da corporação. A Associação dos Delegados da PF afirmou em nota que o delegado Rogério Galloro reúne as condições técnicas necessárias para comandar a instituição, mas que as trocas demonstram a necessidade de aprovação no Congresso Nacional de projeto de lei que estabelece um mandato para o cargo de diretor-geral.

A nomeação seria feita com base em uma lista construída pelos delegados. A Associação também defendeu proposta que estabelece a autonomia administrativa e financeira da Polícia Federal.

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