Duas pessoas morreram em função da forte chuva que caiu em São Paulo na tarde desta terça-feira (20). Uma senhora de 80 anos e um bebê de um ano e meio.
A idosa estava em casa, no Bairro do Limão, na zona norte da capital, quando o imóvel foi atingido por uma enxurrada e desabou. A casa ficava em frente a um córrego que inundou.
Já a criança morreu em um barraco em uma favela da Barra Funda, que foi destruído quando outro córrego da região também transbordou. Um homem que tentou resgatar o bebê quebrou uma das pernas.
Outras três pessoas, duas crianças e um adulto, chegaram a ser arrastadas pela enxurrada mas foram resgatadas pelos bombeiros sem ferimentos.
Os bombeiros registraram 25 pontos de alagamento em toda a cidade e mais de 60 quedas de árvores.
Um homem atingido por uma dessa arvores na região de Alto de Pinheiros teve um ferimento grave e foi hospitalizado.
Avenidas importantes da cidade, como a Rebouças e 23 de maio, foram interditadas e os serviços de trem e de metrô tiveram que ser interrompidos em alguns trechos em função dos alagamentos.
Em nota, a prefeitura de São Paulo lamentou as duas mortes e atribuiu os transtornos a chuva forte e acima dos padrões.
No começo do mês, decreto do prefeito João Doria transferiu R$ 30 milhões do orçamento que seria usado para combater enchentes, com a limpeza de bueiros e piscinões, para a construção de infraestrutura viária.
No ano passado, o ex-subprefeito da Casa Verde, Paulo Cahim, foi demitido justamente por ter criticado a proposta de retirar recursos do combate à enchente. Ontem, Cahim foi uma das pessoas que ficaram ilhadas em função das áreas alagadas.
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