O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que é o presidente da Segunda Turma da Corte, marcou para o dia 17 de abril, na próxima semana, o julgamento da denúncia feita pela Procuradoria Geral da República, contra o senador Aécio Neves (PSDB - MG).
Os ministros vão decidir se aceitam ou arquivam a denúncia. Caso seja aceita, Aécio passará a ser réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça. A denúncia é baseada na delação premiada dos empresários da JBS. Segundo a PGR, o parlamentar teria recebido propina de R$ 2 milhões de Joesley Batista. O mesmo processo acusa Aécio de tentar impedir o andamento de investigações da Operação Lava Jato.
Aécio chegou a ser afastado do mandato pelo STF por causa da denúncia, mas o Senado decidiu revogar as medidas impostas pelo Supremo e ele pode retomar a atividade parlamentar em novembro do ano passado. A irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrela, do MDB, também são denunciados no mesmo processo.
A defesa de Aécio, em nota, argumentou que o valor de R$ 2 milhões seria um empréstimo legal entre pessoas físicas. Os advogados afirmam ainda que o senador é vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos que, buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico.
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