O faturamento de milicianos com a exploração de serviços e atividades ilegais na zona oeste do Rio de Janeiro é estimado em R$ 25 milhões por mês. A projeção foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Rivaldo Barbosa, em entrevista coletiva.
Ele afirmou que dados iniciais do setor de inteligência apontam que o lucro da atuação de milícia nos bairros de Santa Cruz e Campo Grande é de cerca de R$ 300 milhões por ano. Rivaldo Barbosa comentou ainda sobre a mudança no modo de atuação das milícias no Estado.
Entre as modalidades criminosas estão cobrança por serviços como vans, internet, gás, até loteamento irregular e extração de barro. A investigação apontou que as milicias também ganham no comércio informal, com mercadorias contrabandeadas do Paraguai.
Nesta quarta-feira (25), em mais uma operação de combate à milícia Liga da Justiça, considerada uma das principais quadrilhas armadas, que controla comunidades da zona oeste da capital e da Baixada Fluminense, 18 pessoas foram presas e cumpridos sete mandados de pessoas que já se encontravam detidas. Mais de 30 vans irregulares exploradas por milicianos foram apreendidas. Um depósito irregular de gás também foi fechado.
O delegado afirmou que novas operações de combate às milicias no Estado serão realizadas pela Polícia Civil.
Ouça também no Repórter Nacional:
- Justiça concede liberdade para 137 de 159 presos em festa de milicianos
- PEN desiste de pedido no STF para tentar barrar prisão em segunda instância
- Votação de relatório da Medida Provisória que privatiza Eletrobras é marcada para maio
