No final da tarde desta quarta-feira (02), funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social tentavam convencer os desabrigados a deixar o Largo do Paisandu, onde fica o prédio que desmoronou na madrugada de terça, e irem para abrigos.
Lonas que cobriam os pertences das pessoas tiveram que ser retiradas. A ação irritou Adilson da Silva, que morava no terceiro andar do edifício.
Muitas pessoas recusam os abrigos porque não querem ficar separadas da família.
A assessoria de imprensa da prefeitura de São Paulo informou que as pessoas não serão retiradas da rua à força, mas confirma que o trabalho de convencimento vai continuar sendo feito.
Até o fechamento da reportagem, a prefeitura não informou se os abrigos que estão acolhendo os desabrigados aceitam hospedagens mistas ou de famílias inteiras.
Além daqueles que ficaram sem moradia, a Secretaria de Assistência Social continua a monitorar a lista de pessoas que não foram localizadas desde o desmoronamento. Até o momento são 49.
Entre elas, estão três pessoas que passaram a ser consideradas oficialmente desaparecidas: uma mulher e dois filhos gêmeos que moravam no oitavo andar do edifício.
Contando com Ricardo, o homem que caiu do prédio no momento em que seria salvo pelos bombeiros, passou para quatro o número de desaparecidos no desastre.
A polícia civil investiga as possíveis causas do acidente. A explosão de um botijão de gás ou de uma panela de pressão são as hipóteses mais fortes. O Ministério Público de São Paulo acompanha as investigações que podem resultar em uma ação criminal contra possíveis responsáveis pelo desabamento.
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