Em 2017, o número de assassinatos de indígenas por causa de questões agrárias caiu pela metade em relação ao ano anterior, quando o relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) registrou 13 mortes de representantes dos povos originários. Em compensação, o número conflitos de terras envolvendo indígenas deu um salto, de 61 em 2016 para 109, ano passado.
Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que o relatório aponta o aumento exponencial contra indivíduos e contra o patrimônio dos povos indígenas. Cleber destacou a situação dos Karipuna, em Rondônia.
Entre os casos lembrados no relatório, está o ataque a indígenas do povo Gamela, no Maranhão, em 30 de abril de 2017. Vinte e dois indígenas foram feridos, dois tiveram as mãos decepadas. De acordo com a CPT, passado um ano, os Gamela continuam tendo seu território e suas vidas ameaçadas.
A reportagem procurou a Fundação Nacional do Índio (Funai) para que ela se posicionasse sobre o relatório e passasse informações sobre a situação dos Karipuna e dos Gamela, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno do órgão que é responsável pela política indigenista do país.
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