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Projeto que muda lei dos agrotóxicos pode ser votado nesta terça-feira na Câmara

A medida é criticada por ambientalistas, que apelidaram o projeto como PL do veneno

Repórter Nacional

No AR em 18/06/2018 - 14:54

O projeto de lei que estabelece uma nova regulamentação para a produção, registro, uso, armazenamento e descarte de agrotóxicos no Brasil pode ser votado em comissão especial da Câmara dos Deputados nesta terça-feira. O texto é polêmico e foi apelidado por ambientalistas como PL do Veneno.
 
O projeto em discussão propõe que os produtos hoje conhecidos como agrotóxicos passem a ser chamados de fitossanitários. A bancada do agronegócio defende que atual legislação brasileira sobre o assunto é obsoleta e pode representar obstáculo ao comércio. A organização não governamental Greenpeace argumenta que as regras atuais garantem pouca proteção aos brasileiros e que, com as mudanças em discussão, a população ficaria ainda mais exposta a produtos cancerígenos.
 
Na última vez que houve uma tentativa de votar o parecer, vários deputados fizeram obstrução por três horas, e a reunião foi cancelada. A proposta já passou pelo Senado, e o autor é o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O ministro participa de audiência pública na Câmara nesta semana, mas para tratar de outro assunto, as ameaças de embargo que a carne de frango vem sofrendo e que podem limitar as exportações brasileiras para a União Europeia.
 
E o Plenário da Câmara, que trabalha em ritmo lento por causa da Copa, festas juninas e pré-campanha eleitoral, pode votar o pedido de urgência para o projeto de lei que muda regras do setor elétrico para permitir a privatização da Eletrobras e de seis distribuidoras da empresa, nas regiões Norte e Nordeste.
 
Já no Senado, nesta terça-feira, os senadores da Comissão de Constituição e Justiça querem debater o decreto presidencial que reduziu o desconto do IPI para a compra de insumos usados na produção de bebidas, como o refrigerante, e afetou, principalmente, empresas instaladas na Zona Franca de Manaus.
 
O governo reduziu o desconto de 20 para 4% como parte das medidas orçamentárias adotadas para compensar o impacto com a redução no preço do diesel em R$ 0,46. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, foi convidado para participar do debate, mas ainda não confirmou presença.
 
Também em pauta no Senado, com votação prevista pelo plenário, a medida provisória que cria o Ministério da Segurança Pública.

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Criado em 18/06/2018 - 15:28

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