A 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região - TRF-4, em Porto Alegre, condenou, nessa quarta-feira (18), a jornalista Cláudia Cruz a dois anos e meio de prisão pelo crime de evasão de divisas, no âmbito da Operação Lava Jato.
A esposa do deputado federal cassado Eduardo Cunha, do MDB do Rio de Janeiro, ainda pode recorrer. Se a pena for mantida, pode ser revertida em medidas alternativas.
O Ministério Público Federal acusa Cláudia Cruz de usar parte do dinheiro para gastos pessoais fora do país. Há pouco mais de um ano, o juiz federal de primeira instância Sergio Moro absolveu a jornalista por falta de provas, mas confiscou 176 mil francos suíços de uma conta bancária usada por ela. Pelos mesmos fatos, Moro condenou Eduardo Cunha a mais de 15 anos de prisão. O ex-deputado está preso na região metropolitana de Curitiba.
Na decisão do TRF-4, a maioria dos desembargadores contrariou Sérgio Moro e entendeu que Cláudia Cruz cometeu crime de evasão de divisas ao manter uma conta bancária no exterior sem declarar às autoridades brasileiras. Quanto à lavagem de dinheiro, os desembargadores mantiveram a absolvição, também por falta de provas.
O advogado Pierpaolo Bottini, que representa Cláudia Cruz, reiterou que a condenação não foi unânime e anunciou que vai recorrer.
Também nessa quarta-feira, a 8ª turma do TRF-4 absolveu o ex-deputado federal André Vargas e o irmão dele, Leon Denis Hilário, do crime de lavagem de dinheiro. Eles eram investigados pela compra de um imóvel em Londrina, no Paraná, em 2011.
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