Movimentos e organizações de direitos humanos realizaram vigília nesta quinta-feira (19) para marcar o início da programação que lembra os 25 anos da Chacina da Candelária, no Rio de Janeiro. O ato foi repetido em outros sete estados brasileiros.
No Rio, a vigília, que acontece há pelo menos oito anos em frente à Igreja da Candelária, no centro da cidade e cenário do massacre, reuniu também mães e familiares de jovens mortos durante ações policiais em favelas e periferias do Estado.
O crime, que ficou conhecido como “Chacina da Candelária”, é considerado um dos maiores abusos contra os direitos humanos do país. Na madrugada de 23 de julho de 1993, em frente à Igreja, policiais abriram fogo contra mais de 70 pessoas que estavam dormindo nas proximidades. Oito jovens foram mortos.
Mônica Cunha, do Movimento Moleque, que orienta famílias com adolescentes dentro do sistema socioeducativo e vítimas da violência e que teve um filho assassinado em 2006, falou do impacto da data e da importância do ato.
Ana Paula Oliveira, mãe de um jovem de 19 anos morto com um tiro nas costas na favela de Manguinhos, disse que na época da chacina nem imaginava que um dia sentiria a mesma dor dos parentes dos meninos que foram assassinados.
A programação de atos para lembrar os 25 anos da chacina se estende até a próxima segunda-feira, dia 23 de julho, data em que ocorreu o crime. Nesse dia, haverá uma missa e um ato inter-religioso, além de dois atos públicos.
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