STF autoriza investigação de vídeo com ameaças a Rosa Weber feito por militar

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nessa terça-feira (23) um requerimento do ministro Gilmar Mendes para investigar a conduta de um militar da reserva. A investigação será conduzida pela Procuradoria-Geral da República. Uma outra apuração será feita pelo Ministério Público Militar.

No último sábado, o coronel da reserva do Exército Carlos Alves publicou nas redes sociais um vídeo em que critica a ministra do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral Rosa Weber. Na semana passada, a ministra recebeu políticos da coligação de Fernando Haddad, que pediam providências em relação à denúncia feita pela Folha de S.Paulo de compartilhamento ilegal de fake news a favor do candidato Jair Bolsonaro, do PSL. O coronel criticou a presidente do TSE.

O coronel Carlos Alves afirmou que os militares não vão aceitar uma eventual vitória do candidato petista. E fez um alerta a Rosa Weber e ao Supremo Tribunal Federal.

Em nota, o Comando do Exército afirmou que o militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações. Disse que o discurso não representa o pensamento do Exército Brasileiro. Informou, ainda, que o comandante do Exército, general Villas Bôas, encaminhou ao Ministério Público Militar uma representação para investigar o cometimento de possível ilegalidade.

Os ministros Ricardo Lewandowski; Edson Fachin, que é relator da Lava Jato; Luiz Fux, que é vice-presidente da Corte; e o presidente do Supremo Antônio Dias Toffoli, também foram ofendidos pelo coronel e receberam a solidariedade dos demais magistrados.

Ouça o Repórter Nacional (7h20) desta quarta-feira (24):

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