O Ministério Público de Goiás criou uma Força Tarefa para investigar denúncias de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus.
Foram destinados quatro promotores e duas psicólogas para atender as vítimas que desejem denunciar. Um e-mail foi criado só para este caso. O endereço é o denuncias@mpgo.mp.br. A promotora Patrícia Otoni ressaltou que as possíveis vítimas terão todo o apoio e sigilo nos depoimentos.
Já foram marcados depoimentos em São Paulo e Minas Gerais. Os ministérios públicos estaduais poderão colher as denúncias nos locais em que as mulheres moram.
O promotor Luciano Miranda, que também faz parte da força tarefa, ressalta que se tratando de crimes sexuais, o depoimento da vítima pode ser suficiente.
O promotor porém disse que outras provas serão buscadas.
A Polícia Civil do estado já havia aberto um inquérito para apurar algumas denúncias que, segundo o delegado geral da Polícia de Goiás, André Fernandes, começaram a aparecer há cerca de 45 dias. As novas denúncias que surgirem, por outro lado, serão apuradas pelo Ministério Público.
Desde o final da última semana, mulheres têm denunciado à veículos de imprensa que sofreram abusos sexuais ao procurar ajuda do famoso médium João de Deus, que atende pessoas em Abadiânia, no interior de Goiás, há mais de 40 anos e recebe celebridades nacionais e internacionais.
Segundo os promotores, as denúncias podem configurar estupro, estelionato sexual ou estupro de vulnerável. As punições variam de 6 a 15 anos de prisão.
Nossa reportagem não conseguiu contato com a assessoria do médium. Mas durante programa da TV Globo, o advogado Alberto Toron, que representa João de Deus, informou que ele nega as acusações e as recebe com indignação. O advogado diz que ele se apresentará à Justiça e lembra que a maioria dos atendimentos feitos são abertos e coletivos, diante de um grande número de pessoas.
Ouça o Repórter Nacional (7h) desta terça-feira (11):
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