A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou a maior apreensão de fuzis de sua história. No total foram recolhidas 117 armas do modelo M-16, fabricadas nos Estados Unidos. Os fuzis, todos novos, estavam desmontados e as peças guardadas em caixas, com exceção dos canos, que não foram encontrados.
O arsenal foi apreendido em uma casa no Méier na zona norte da capital fluminense, durante o cumprimento de um dos 34 mandados de busca e apreensão da Operação Lume, deflagrada nesta terça-feira para prender os executores da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
A residência onde os fuzis foram encontrados pertence a Alexandre Motta Silva, que foi preso em flagrante por posse de arma de uso restrito. Alexandre é amigo de longa data do policial militar reformado Ronnie Lessa, também preso na Operação Lume, acusado de ter feito os disparos que mataram Marielle e Anderson. Além deles, ainda foi preso na ação o ex-policial militar, Élcio Vieira de Queiroz, que é acusado de dirigir o veículo usado no crime.
O advogado Leonardo da Luz, responsável pela defesa de Alexandre, afirmou que seu cliente disse que guardou as caixas a pedido de Lessa. O advogado informou ainda que Alexandre declarou não saber o que estava nas caixas e que Lessa lhe pediu para mantê-las lacradas. O defensor também disse que Alexandre não tem nenhum envolvimento com os assassinatos de Marielle e Anderson.
Além dos 117 fuzis foram apreendidos na Operação Lume, 3 silenciadores, 500 munições e 112 mil reais em dinheiro. Deste total, 50 mil foram localizados na casa dos pais de Lessa e 62 mil no próprio carro do PM.
Ouça o Repórter Nacional (7h30) desta quarta-feira (13):
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