O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, veio até o Congresso Nacional para dar explicações sobre a divulgação de supostas conversas dele com membros do Ministério Público, integrantes da força-tarefa da Lava Jato, quando ainda era juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba.
Aos parlamentares, o ministro negou que ele e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da operação, tenham feito qualquer tipo de conluio para condenar ou favorecer determinadas pessoas nas investigações.
Durante a reunião, Moro foi questionado sobre a possibilidade de deixar o cargo para que se garanta a isenção em eventuais investigações sobre sua conduta como juiz da Operação Lava Jato, e respondeu que não tem nenhum apego ao cargo: "apresentem tudo e vamos submeter ao escrutínio público. Se houver irregularidade da minha parte, eu saio. Mas não houve".
O ministro voltou a chamar as reportagens do site The Intercept Brasil, que vem sendo divulgadas desde o dia 9 de junho, de "sensacionalistas", e disse que não viu qualquer infração nos diálogos. Ele comentou que não pode reconhecer a autenticidade dessas conversas e afirmou que elas podem ter sido adulteradas.
Em diversos momentos, Moro disse que agiu dentro da lei e que é comum juiz conversar com a acusação. Segundo ele, essa prática faz parte da tradição jurídica brasileira. Moro também disse que a invasão do seu celular foi coordenada por um grupo criminoso.
Também são destaques do Repórter Nacional - Edição das 18h dessa quarta-feira (19):
- Presidente Jair Bolsonaro edita medida provisória que devolve para o Ministério da Agricultura a atribuição de demarcar terras indígenas;
- Cerca de um milhão de pessoas devem passar pelos aeroportos administrados pela Infraero no país durante o feriado de Corpus Christi;
- Justiça Federal determina que a Agência Nacional de Mineração suspenda pedidos de exploração mineral em áreas da Amazonas;
- Morre o crítico de cinema e jornalista Rubens Ewald Filho