Foram quase dez horas de votação para rejeitar os oito destaques da Reforma da Previdência no segundo turno no Plenário da Câmara dos Deputados. O texto agora segue para análise do Senado.
A maioria dos deputados manteve no texto a possibilidade do pagamento de pensão por morte no valor inferior ao salário mínimo. A proposta estabelece ao viúvo ou viúva o direito de receber 60% do benefício do titular, mais 10% por cada dependente, caso já tenha outra renda.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselman, do PSL, defendeu a rejeição do destaque, garantindo que ninguém terá renda inferior a um salário mínimo.
A portaria citada por Joice Hasselman foi publicada nesta semana e determina que nenhum segurado tenha renda inferior ao salário mínimo.
Para a deputada Alice Portugal, do PCdoB, a portaria mantém o benefício inferior ao salário-mínimo para os que já têm outra renda.
Também foi rejeitado o destaque que pedia a manutenção do pagamento do abono anual do PIS/Pasep para trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, como é feito hoje. Ficou valendo a proposta do relator. Com isso, o texto prevê que passa a receber o benefício, apenas quem ganha até R$ 1.364,00.
Por último, o Plenário rejeitou o destaque que pretendia manter o atual cálculo do valor da aposentadoria, que atualmente é a média de 80% dos maiores salários. Com a reforma, o valor final do benefício será a média de 100% dos salários, incluídos os de menor remuneração.
Ao final da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, comemorou a economia prevista com o texto, estimada em R$ 933 bilhões pelos próximos dez anos. Valor 25% inferior ao previsto inicialmente pelo governo federal.
Ouça o Repórter Nacional (7h) desta quinta-feira (8):
Outros destaques desta edição:
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