Em 2018, foram 5.269 mortes. O número é 16% menor em relação a 2017 e 40% inferior do que o ano de 2011, quando a série histórica registrou o maior número de mortes: 8.675.
Já o total de acidentes chegou a mais de 69 mil no ano passado, sendo 77% deles com vítimas, mortos ou feridos. Os acidentes com vítimas caíram 9% em relação a 2017, mas se compararmos com 2007, quando os dados começaram a ser compilados, é possível observar um crescimento de 2%, mantendo mais ou menos estável o número de acidentes com vítimas nesses últimos 11 anos.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), com base em informações da Polícia Rodoviária Federal.
Para o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, o investimento em sinalização nos últimos anos pode explicar a redução das mortes, mas ele alerta que o país ainda está longe de nações mais desenvolvidas, como França, Canadá, Austrália e Estados Unidos. Esses países tinham o mesmo índice de acidentes do Brasil na década de 1980.
O diretor da CNT aponta ainda a falta de sinalização e a infraestrutura precária como principais fatoreis de risco nas rodovias federais.
A região com mais acidentes fatais é a Nordeste, com 1/3 das mortes nas rodovias federais. Em seguida, vem o Sudeste, com 24% das mortes. Já as BRs 101 e 116, que cortam o país de Norte a Sul, são as mais perigosas. Elas concentram 24% das mais de cinco mil mortes registradas no ano passado.
A CNT calcula que o custo dos acidentes rodoviários no Brasil chegou a R$ 9,7 bilhões só em 2018. O valor é superior ao que foi investido em infraestrutura nas rodovias no mesmo ano, que chegou a quase R$ 7,5 bilhões.
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