O número de mortes em função do Coronavírus chegou a 113 no estado de São Paulo, ou seja, 7 de cada 10 óbitos registrados no país, segundo balanço da Secretaria de Saúde.
Só hoje foram confirmadas 15 mortes, a maioria delas na capital paulista e uma morte em Osasco. Com isso, nove cidades da região metropolitana registram ao menos um óbito por Covid-19. Apenas uma pessoa tinha menos de 60 anos, um homem de 31 anos com uma comorbidade.Todas foram atendidas na rede privada de saúde.
A Prefeitura da capital paulista ainda investiga o histórico de saúde de dois jovens, um de 26 anos e outro de 33 anos, que tiveram a morte confirmada por Coronavírus no domingo. Até onde era conhecido, eles não tinham comorbidades.
O número de casos confirmados no estado chegou a 1.517. Entre eles, está o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, do PSDB. Ele teve o diagnóstico confirmado na última quarta-feira, estava em isolamento domiciliar até esse domingo, mas apresentou dificuldades respiratórias e foi internado na UTI de um hospital privado. Segundo o boletim médico, o quadro de saúde do prefeito é estável. Já o Hospital Sírio Libanês informou hoje que afastou 104 médicos e enfermeiros que testaram positivo para o Covid-19.
A prefeitura de São Paulo anunciou também o repasse de R$ 375 milhões para garantir empregos em empresas de ônibus que operam na cidade. O dinheiro que será repassado para as concessionárias de ônibus da capital paulista vem do orçamento do município e deve ser usado para garantir o emprego em um setor que tem cerca de 108 mil trabalhadores.
O prefeito, Bruno Covas, explicou que o uso dos recursos vai depender da negociação entre empresas e funcionários: "Elas estão agora negociando com seus funcionários, se vai ter redução e salário, se vai ter redução pra todo mundo, cada um faz uma parte. Essa é uma negociação entre as empresas concessionárias e seus funcionários".
Apesar de ter diminuído o número de onibus em circulação, a prefeitura não estuda cortar o repasse de R$ 3 bilhões que as empresas recebem para prestar o serviço. O apoio às empresas de ônibus faz parte de um projeto da prefeitura que desvinculou as verbas dos fundos do município e autorizou o repasse para o combate ao Coronavírus. O projeto foi aprovado na última sexta-feira pela Câmara dos Vereadores. Com isso até R$ 1,5 bilhão, de 11 fundos municipais, podem ser destinados para gastos relacionados ao combate ao Coronavírus.
A prioridade é não tirar recursos das obras em andamento, segundo o prefeito Bruno Covas: "Se nós formos utilizar os fundos, a tendência é não retirar aquilo que foi de obras. Então tem o fundo do meio ambiente, os parques estão fechados, então é mais fácil usar esses recursos do que o de uma obra em andamento… E depois o que for vinculado a qualquer tipo de obras".
Covas deu as informações durante coletiva de imprensa no final da manhã desta segunda-feira. O prefeito reiterou o pedido para que a população paulistana fique em casa. Segundo decreto estadual, o estado segue em quarentena até o próximo domingo, dia 5.
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