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Pandemia deve provocar maior queda econômica da história da América Latina e do Caribe

América do Sul será a mais afetada, devido à influência da queda da atividade da China, um importante importador da região

Repórter Nacional

No AR em 21/04/2020 - 18:00

A economia da América Latina e do Caribe pode ter a maior retração da história com a crise provocada pela pandemia do coronavírus. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, a CEPAL, divulgou, nesta terça-feira, um novo relatório prevendo uma queda de 5,3% do PIB da região. A previsão para o Brasil é de uma queda de 5,2% do PIB.

Em toda a história, uma queda desse porte só foi vista durante a grande depressão de 1930, quando o PIB caiu 5%, ou ainda durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914, com a redução de 4,9% do produto interno bruto.

A América Latina e o Caribe já acumulavam sete anos de baixo crescimento, com uma média de 0,4% entre 2014 e 2019. A taxa de desemprego em toda a região teria um aumento de 3,4% em comparação a 2019, chegando a uma média de 11,5%. Aqui no Brasil, o IBGE registrou 11,6% de desemprego no final de fevereiro.

Já a taxa de pobreza da América Latina e do Caribe aumentaria 4,4% durante 2020, passando para 34,7% da população, um aumento de 29 milhões de pessoas. A extrema pobreza cresceria 2,5%, chegando a 13,5% das pessoas, com mais de 16 milhões vivendo em situação de miséria.

Para a CEPAL, a região sofrerá com a redução do comércio internacional; a queda nos preços dos produtos primários; agravamento das condições financeiras mundiais; menor demanda do turismo e redução das remessas de recursos. A América do Sul será a mais afetada, devido à influência da queda da atividade da China, um importante importador da região.

A comissão indica a necessidade de mudanças nas cadeias produtivas globais para uma retomada econômica. Para o órgão será preciso diversificar os fornecedores mundiais, privilegiando locais mais próximos dos consumidores finais e fortalecendo as indústrias nacionais estratégicas. Para o órgão, haverá uma economia mais regionalizada em três polos: Europa, América do Norte e leste da Ásia.

A CEPAL reforça que a América Latina e o Caribe devem avançar rumo a uma maior integração regional e buscar um novo estilo de desenvolvimento com igualdade e sustentabilidade ambiental.

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Criado em 21/04/2020 - 18:47

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