O comércio deverá fechar novamente as portas e apenas serviços essenciais, como farmácias e supermercados vão funcionar. O Decreto é assinado pelo governador Ronaldo Caiado.
Segundo o governo, a quarentena será alternada. A partir desta terça-feira (30) o comércio fica fechado 14 dias consecutivos. Em seguida, será reaberto por outros 14 dias.
A decisão foi baseada em estudo da Universidade Federal de Goiás, que projeta 18 mil mortes pela Covid-19, até setembro. Essa estimativa é para o caso do poder público e o setor privado não adotarem medidas para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Segundo os pesquisadores, a demanda por leitos hospitalares pode chegar a 2 mil, em apenas 15 dias.
Ao justificar a medida, o governador destacou que se o estado chegasse a atingir essa demanda seria incompatível, apesar de todos os esforços, com o limite máximo que Goiás poderá disponibilizar, que é de 600 leitos.
Caiado afirmou que não vai interferir nas decisões dos prefeitos que queiram não cumprir as recomendações do decreto estadual. No entanto, caberá ao governante municipal se explicar para a população, quando houver um impacto maior da doença.
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, afirmou que a capital vai acompanhar todas as diretrizes do executivo estadual.
Esta é a segunda vez que o estado enrijece o isolamento social. A primeira foi no dia 12 de março, quando Goiás registrou o primeiro caso de covid-19. Ronaldo Caiado disse que foi muito criticado na época, mas a decisão foi determinante para que houvesse tempo para estruturar oito novos hospitais com UTI.
Em abril, um novo decreto flexibilizou as medidas e permitiu a abertura do comércio, salões de beleza e a realização de cultos e missas.
Segundo boletim divulgado essa sepeunda-feira (29), pela Secretaria da Saúde de Goiás, o estado tem mais de 23 mil casos confirmados e 437 pessoas morreram, após serem contaminados pelo novo coronavírus.
Ouça o Repórter Nacional das 7h desta terça-feira (30):
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