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Em São Paulo, teste da vacina chinesa contra covid-19 começou nessa terça-feira

Se for aprovada, o Brasil pode ser o primeiro pais a receber a vacinação em massa para combater a covid-19.

Repórter Nacional

No AR em 22/07/2020 - 08:37

A primeira dose da vacina contra o coronavírus foi aplicada em uma médica de 27 anos que trabalha no Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Ela é uma entre os 890 profissionais de saúde que se cadastraram como voluntários para os testes da vacina que está sendo desenvolvida pelo laboratório Chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

Além do Hospital das Clínicas, outros 11 centros de pesquisa no Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul também participam do estudo. Ao todo, 9 mil profissionais de saúde vão receber a vacina.

Metade dos voluntários vai receber a vacina, a outra metade recebe um placebo, uma substância que se parece com a vacina, mas sem o princípio ativo. Segundo o infectologista do Hospital das Clínicas, Esper Kallás, nem mesmo os pesquisadores sabem quem está recebendo a vacina e quem está recebendo só o placebo.

Por isso mesmo, ele diz que nenhum dos voluntários pode relaxar na prevenção. O distanciamento social continua sendo uma recomendação e os profissionais de saúde que estão afastados da família desde o começo da pandemia vão ser orientados a permanecer assim.

A vacina que está sendo testada precisa de duas doses. A voluntária vacinada nessa terça-feira vai receber a segunda dose em 14 dias.

De acordo com o cronograma, até o final da semana que vem todos os outros 11 centros de pesquisa já estarão prontos para vacinar os voluntários. Depois das duas doses da vacina, esses voluntários passam a ser monitorados por três meses.

A expectativa do coordenador da pesquisa no Brasil, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, é que até o final do ano vai ser possível saber se a vacina funciona e, se funcionar, o país pode ser o primeiro país a ter acesso à vacinação em massa contra o coronavírus.

Se aprovada, o Brasil deve receber 120 milhões de doses para vacinar 60 milhões de pessoas. Mas a vacinação só vai poder começar depois que o produto for registrado na Anvisa e os critérios de vacinação forem definidos pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.

O Instituto Butantan também está em contato com  Organização Panamericana de Saúde (OPAS) para discutir a vacinação em outros países da América Latina.

Ouça o Repórter Nacional das 7h desta Quarta-feira (22):

Mais destaques dessa edição:

- Governo envia ao Congresso primeira parte da proposta de reforma tributária....

-  E propõe transformar PIS/Cofins em novo imposto de 12% sobre consumo

- Câmara aprova PEC que torna permanente o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

- Se teste for positivo, Brasil pode ser o primeiro país a receber vacina chinesa contra o coronavírus

Criado em 22/07/2020 - 09:01

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