Cada vez mais os brasileiros se identificam como negros. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgados nesta sexta- feira (4), em 2014 a soma de pretos e pardos representava 53,6% da população. Dez anos antes os autodeclarados negros eram 48,2%. O IBGE considera negros a soma de pardos e pretos.
Para o presidente da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra, Humberto Adami, a mudança de perfil é uma vitória. A pesquisa mostra que apesar do cenário de desigualdade social ainda está nitidamente relacionado a cor de pele. Nos últimos dez anos cresceu o número de negros ricos, mas aumentou também o número de negros pobres.
No ano passado um pouco mais de 17% das pessoas que fazem parte do 1% mais rico da população são pretas ou pardas, enquanto quase 80% são brancas. Em 2004, a diferença era ainda maior, havia um pouco mais de 12% de negros e quase 86% de brancos nesse grupo.
Por outro lado, os 10% mais pobres continuam majoritariamente negros, e esse percentual também aumentou nos últimos dez anos. Em 2004, um pouco mais de 73% dos mais pobres eram negros, patamar que cresceu para 76% em 2014. Esse número indica que entre os mais pobres a cada quatro pessoas três são negras.
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