O responsável pelo método da Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC) para recuperandos, Silas Porfírio de Araújo, explica nesta entrevista ao Revista Brasil como conseguiu fazer do Sistema Prisional de Paracatu, em Minas Gerais, um exemplo a ser seguido.
Baseada em três pilares — trabalho, religião e disciplina — na APAC Paracatu, em um prédio moderno construído e mantido pelos próprios presos, sem policiais armados, os detentos são responsáveis pela segurança dos outros detentos e trabalham para garantir renda para ajudar a família ou cobrir pequenas despesas na prisão.
Lá eles trabalham com a punição e reinserção do presidiário, num ambiente onde os policiais não usam armas. A diferença entre o Presídio de Paracatu, que tem o índice de recuperação perto de 85% e outros presídios, é que lá existe a valorização humana, dentro de um rigor muito forte nas regras e deveres da lei da execução. Também é oferecido estudos a todos os detentos no período noturno, até o ensino superior completo.
O custo de um detento em Paracatu nesse novo modelo prisional é de R$ 900,00 por mês, enquanto no Maranhão por exemplo, o custo de um detento sentenciado está avaliado hoje para os cofres públicos em R$ 4.000,00 e para o detento provisório, pouco mais de R$ 3.500,00 por mês.
A entrevista foi concedida nesta quarta-feira (3) no programa Revista Brasil, com apresentação de Valter Lima.
Ouça a entrevista no player acima.
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