Em dez anos, o número de idosos com HIV no Brasil cresceu 103%, segundo o Ministério da Saúde. A falta de políticas públicas para a população dessa faixa etária, o tabu sobre a vida sexual de pessoas acima de 60 anos e o comércio de medicamentos para disfunção erétil são os principais fatores que se articulam para gerar o problema.
O Viagra entrou no mercado há 20 anos. O remédio já atingiu 65 milhões de prescrições médicas em todo o mundo.
Segundo o diretor substituto do Departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Gérson Fernando, cerca de 39 mil casos de Aids são diagnosticados anualmente no país. Mas a mortalidade tem caído e a sobrevida dos infectados tem aumentado gradualmente.
Para Gerson, os idosos têm dificuldade de usar preservativos porque não foram acostumados a isso durante a juventude. Ele destacou as medidas de prevenção que podem ser aplicadas às diversas faixas etárias e que vão além do uso da camisinha. As ações preventivas incluem a profilaxia pré-exposição, a profilaxia pós-exposição, a testagem de pessoas mais vulneráveis e a vacinação contra os vírus das hepatites B e C.
O diretor substituto finalizou lembrando que o uso de retrovirais também é uma medida de prevenção, pois os pacientes ficam com a carga viral indetectável e, com isso, diminui o risco de transmissão do HIV.
Ouça no player abaixo: