O Revista Brasil desta quarta-feira (11) entrevistou o professor de Relações Internacionais da Universidade Mackenzie, Arnaldo Francisco Cardoso, sobre a possibilidade de ataque das forças americanas à Síria e a ameaça da Rússia de intervir no conflito.
O governo russo alertou que vai derrubar qualquer míssil dos Estados Unidos lançado contra a Síria devido ao suposto ataque químico no sábado (7) na cidade de Douma, último reduto rebelde da região de Ghouta Oriental. Na região, o regime do presidente Bashar al-Assad vinha implementando uma ofensiva para reconquistar o território.
O professor destaca a fala da representante dos EUA na ONU, Nikki Haley, na última reunião do Conselho de Segurança: “O mundo quer ver a justiça sendo feita”, dita no contexto do uso de armas químicas proibidas internacionalmente.
Segundo o especialista, "A ONU desempenha ou precisa desempenhar um papel importante, mas vamos lembrar que em questões de conflito, a agência da ONU é o Conselho de Segurança. E o Conselho de Segurança se expressa através do posicionamento de cinco grandes potências. E aí a gente tem esse Conselho de Segurança dividido".
O Conselho de Segurança da ONU é formado por Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Para o professor, a China têm adotado muitas das vezes posturas convergentes com as da Rússia, enquanto os demais países criticam e defendem a saída de Bashar al-Assad do governo Sírio.
Após a ameaça da Rússia, o presidente americano Donald Trump disse no Twitter para os russos se prepararem para os ataques.
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