A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) foi criada em 11 de dezembro de 1954, na cidade do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, uma mãe teve o pedido de matrícula escolar de seu filho negado porque ele tinha Síndrome de Down. A partir desse fato, outras famílias se uniram para criar uma organização não governamental voltada ao atendimento às pessoas com deficiência. Atualmente, a Apae conta com 2.220 filiadas, 50 mil voluntários e vários parceiros.
Cerca de um milhão de pessoas com deficiência são atendidas no país e, de acordo com o presidente da Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos de Excepcionais, José Turozi, a sociedade já os enxerga com outros olhos, mas ainda existe discriminação.
"Nós fazemos um trabalho árduo em todas as nossas filiadas, visando conscientizar a sociedade para a aceitação dessa pessoa como ela é. Temos avançado muito. Segundo dados estatísticos, até o ano de 2019 nós empregamos no mercado de trabalho cerca de 16 mil pessoas com deficiência. Nós fazemos um trabalho de inclusão e somos, inclusive, protagonistas nessa área."
A Apae tem diversas parcerias com empresas privadas e com o governo federal, mas os desafios ainda são grandes, destaca Turozi.
"O desafio maior é dar um atendimento de qualidade a essas pessoas com deficiência no Brasil. De acordo com os dados do Ministério da Educação, apenas 6% de professores da rede pública no Brasil têm alguma especialidade com a educação especial. Em muitos municípios a Apae é a única referência em fazer atendimento à pessoa com deficiência. No interior do Brasil, principalmente, a gente vê a necessidade de ter uma infraestrutura melhor, além de médicos e profissionais mais capacitados para prestar atendimento à pessoa com deficiência."
Clique no player acima e ouça a entrevista e saiba como ajudar ou ser um voluntário da Apae na sua cidade.