Recentemente, em Roraima, uma criança de 10 anos morreu após ter 70% do seu corpo queimado enquanto brincava com álcool em gel e fogo. O menino chegou a ser socorrido pelo SAMU, mas após 4 dias, veio à óbito.
Para nos explicar sobre os perigos e cuidados que devemos ter com o álcool em gel, conversamos com Francisco Panero, professor do Departamento de Química da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Segundo ele, o que torna o álcool inflamável e aumenta essa periculosidade, é a porcentagem dele, não por ser líquido ou em gel.
"Um álcool 70% é porque ele tem 70% de álcool e 30% de água. Então, aí ele vai entrar em combustão facilmente. Já aquele álcool de 42%, 46% ou 54% aí tem mais água, o que dificulta entrar em combustão. Agora, no caso do álcool em gel, a gente não enxerga a chama, pois ela tende a ser incolor, o que torna o acidente mais perigoso", explica o professor.
A proibição da venda de álcool líquido com percentual igual ou superior a 54 GL em estabelecimentos comerciais como supermercados e farmácias foi proibida em 2002. Mas durante a pandemia da Covid-19, a medida foi temporariamente suspensa.
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