Enquanto o Congresso brasileiro decide se homofobia é crime ou não, um pequeno município de Ceará pune homossexuais até com apedrejamento e chama atenção do Governo Federal.
Residências de homossexuais foram apedrejadas, pais ameaçam de morte os próprios filhos se eles se relevarem gays e até tortura psicológica contra o público de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis (LGBT). Esses casos ocorrem numa cidade do interior do Ceará, Itatira, um pequeno município de apenas 20 mil habitantes, a cerca de 212 quilômetros da Capital Fortaleza.
O Revista Brasil desta sexta-feira (20) propôs uma mesa redonda para discutir sobre o assunto. Foram convidados a advogada da Fundação Frei Tito da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará que acompanha os casos de agressões a gays em Itatira, Luanna Marley; a coordenadora-geral do Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Irina Bacci; e a ativista do Movimento de Lésbicas e de Direitos Humanos no Ceará, responsável pela elaboração de relatórios sobre agressões a gays em Itatira e que foram enviados para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Alice Oliveira.
Para a coordenadora-geral Irina Bacci essa ausência de um marco legal no Brasil, para punir a discriminação contra a população LGBT, acaba causando uma série de consequências para estas pessoas. No entanto, as denúncias já foram encaminhadas para o órgão estadual que cuida das políticas LGBT no Ceará.
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Acompanhe esta mesa redonda no programa Revista Brasil, na Rádio Nacional de Brasília, com a mediação do jornalista Valter Lima.