Na última terça-feira (10) representantes do Ministério da Educação e de mantenedoras do ensino superior se reuniram para discutir as mudanças no Programa de Financiamento Estudantil (Fies). As mudanças foram anunciadas no final do ano passado.
Saiba mais:
Entidades defendem nota mínima para empréstimo pelo Fies
O secretário-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, explica que o Fies é um programa de parceria do Governo com a iniciativa particular do Ensino Superior com o objetivo de proporcionar aos estudantes de classes mais baixas, que não conseguem arcar com a mensalidade de seus estudos, a ter acesso ao Ensino Superior.
De acordo com o secretário-executivo cerca de um milhão e oitocentos mil alunos utilizam o financiamento para pagar seus estudos. Sólon explica que o programa ficou comprometido por dois motivos. "O primeiro é que houve uma mudança para que o aluno possa aderir ao programa. No passado qualquer aluno que tivesse prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) poderia aderir ao programa. E atualmente o estudante tem que ter obtido no mínimo uma média de 450 pontos e não ter zerado a redação. E o outro é a preocupação com o alcance das metas estabelecidas com o Plano Nacional de Educação". diz o secretário.
Embora a portaria tenha sido publicada no dia 24 de dezembro de 2014 ela só entra em vigor no dia 31 de março de 2015, mas o sistema do Fies está fechado para novos contratos, e foi o que levou a ABMES a realizar a reunião com o MEC.
Sólon afirma que os estudantes que já usam o financiamento não sofreram mudanças com a nova portaria, mas aqueles que tentaram usar o programa terão que se adequar as novas regras.
Ouça outras edições do Revista Brasil
Saiba mais sobre o assunto nesta entrevista ao Revista Brasil, que vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília.