Quatro equipes de estudantes brasileiros de Engenharia disputaram, neste final de semana, uma competição internacional de aviões em escala reduzida e radiocontroladas.
O programa SAE AeroDesign East Competition aconteceu em Lakeland, na Flórida, nos Estados Unidos, e tem como objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes de graduação e pós-graduação em Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas e futuros profissionais do importante segmento da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes.
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As aeronaves são controladas via rádio e capazes de transportar pequenas cargas. Ao todo, participaram 73 equipes, em três categorias, oriundas do Canadá, Emirados Árabes, Estados Unidos, Índia, México e Polônia, além do Brasil, que tem mostrado vários anos seguidos um bom desempenho e ostenta sete primeiros lugares na Classe Regular, quatro primeiros lugares na Classe Advanced e um primeiro lugar na Classe Micro.
Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou o engenheiro e diretor técnico da Competição SAE Brasil AeroDesign, Tarik Orra, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional de Brasília sobre a disputa e quais as vantagens que a competição deve trazer ao Brasil em relação ao desenvolvimento do setor de engenharia.
Tarik Orra explicou que a equipe que disputou no SAE AeroDesign East Competition neste fim de semana, segundo resultado preliminar, conquistou o segundo lugar nas categorias Regular e Micro. Para o engenheiro, a equipe brasileira tem conseguido, a cada ano, um desempenho satisfatório na competição americana. Ele lembrou que o segundo lugar representa um grande destaque na disputa.
O diretor técnico da Competição SAE Brasil AeroDesign contou um pouco sobre a competição brasileira, que é muito semelhante à americana. No Brasil, o estudante pode escolher entre três modalidades para competir, em que cada uma possui suas restrições e o objetivo principal é carregar o maior peso possível.
A categoria com o maior número de inscritos no Brasil é a Classe Regular, que desafia os estudantes a criarem um avião que seja capaz de carregar a maior carga possível e, ao mesmo tempo, ser o mais leve e eficiente. Neste caso, além de projetar o avião, apresentado em forma de relatório pelos participantes, os universitários devem construí-lo e fazer com que ele levante voo durante a competição.
Tarik Orra destacou que há um grande número de ex-competidores já atuantes na indústria aeronáutica brasileira. De acordo com ele, isso faz parte do fomento à engenharia aeronáutica do país, já que não são muitas as universidades que oferecem o curso. Para o engenheiro, o SAE AeroDesign East Competition é um modo de formar futuros engenheiros com amplo conhecimento aeronáutico para atuarem na indústria brasileira.
Confira a íntegra da entrevista nesta edição do Revista Brasil, hoje com apresentação de Andhrea Tavares, e saiba mas sobre o desempenho dos estudantes brasileiros na SAE AeroDesign East Competition.
O programa vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).