Para Gustavo de Matos Vasques, pesquisador de Pedometria e Mapeamento Digital de Solos, da Embrapa Solos, em relação à necessidade de informação detalhada sobre os solos, o país ainda está muito carente deste tipo de mapa.
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O mapeamento digital do solo coleta informações de solo no campo e de variáveis ambientais, fatores que influenciam ou são responsáveis pela formação de solos em geral. Neste trabalho específico foi pesquisado o carbono do solo, mas ele possui outras características e componentes de interesse agrícola e social.
Portanto, essas informações coletadas pelos mapas digitais agregam informações relacionadas à formação de solo em suas propriedades, incluindo relevo, clima, tipo de rocha, de vegetação e outras. Na prática, essas técnicas do mapeamento digital de solo permitem uma geração de informação com relativo baixo custo e investimento.
Cada uma das propriedades que se pode gerar um mapa têm um uso específico. O carbono do solo, por exemplo, é importante para nossas estimativas anuais de emissão de gases de efeito estufa e outras.
Em relação à água, Gustavo Vasques explica que esse mapeamento do solo também é útil nos zoneamentos ecológicos econômicos estaduais, nos zoneamentos agroecológicos para diferentes culturas, nos diferentes estados da Federação, ou seja, para o planejamento nacional e regional do uso e ocupação das terras, que está intimamente ligado à produção e armazenamento de água.
Especificamente, poderíamos focar em propriedades do solo mais relacionadas à retenção de água e à disponibilização posterior dessa água para plantas ou a filtragem desta para outros fins.
Acompanhe a entrevista sobre o assunto ao programa Revista Brasil, com a jornalista Andhrea Tavares, no ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília.