Dia Nacional das Comunicações faz homenagem a Marechal Rondon

Dia 5 de maio é Dia Nacional das Comunicações, a data celebra o dia do nascimento do Patrono do Exército Brasileiro por ter interligado o Brasil ao mundo.

O Revista Brasil entrevistou nesta terça-feira (5) o professor Maurício Melo de Meneses, pesquisador e biógrafo do Marechal Rondon e presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie em São Paulo.

Durante entrevista, Maurício Melo explicou que Rondon tinha a missão de interligar os estados distantes, que era uma estratégia Nacional do Exército. Como era um homem nascido no meio de uma região do interior do país e tinha descendência indígena, Rondon foi incumbido desta estratégia do Exército, começando em Minas Gerais. Passou por Goiás, alcançou o Mato Grosso e interligou esses locais à Rondônia que era uma parte de Mato Grosso, em 1943, chegando até Rio Branco, no Acre.

Ouça também: Datas comemorativas podem promover cerca de 32 mil vagas temporárias

Nestes trabalho árduo de interligar as regiões mais distantes e povoadas de indígenas bravos, o então coronel Rondon (ainda não era marechal) foi atacado e recebeu uma flechada mas a flecha envenenada não foi mortal porque ele carregada uma faixa de couro no peito. Os companheiros do marechal gritaram e queriam ir em cima dos índios com arma de fogo, mas Rondon não deixou e disse para eles "imagina se entrasse um ladrão em suas casas, vocês iriam reagir como eles estão reagindo", então os homens deram tiros pro ar e nesta hora, Rondon soltou a frase que marcou sua vida "Nunca Matar, morrer se preciso for, matar nunca".

Foi então que o Congresso Brasileiro lhe deu o título de Marechal, em 1955, e por causa das interligações no país, transformou o dia de seu nascimento, que é 05 de maio, ao Dia das Comunicações, há 20 anos. Hoje, o Marechal Rondon estaria completando 150 anos.

Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, a 100km de Cuiabá, mas antes de nascer seu pai faleceu, tendo pedido para o seu irmão criar o menino e assim ele foi levado para a capital mato-grossense ainda pequeno, onde estudou até o segundo grau e, como era muito aplicado, resolveu seguir a carreira militar. Com apoio do tio, foi para o Rio de Janeiro mas como não tinha dinheiro, foi trabalhar no Exército na função de estafeta, para pagar seus estudos. Ali no Rio, fez o curso de Engenharia Militar, concluiu com nota 10 em todas as matérias, alcançando uma relevância muito grande de seu professor Benjamin Constant e daí começou sua saga.

Saiba mais sobre Marechal Rondon nesta entrevista com o historiador Maurício de Melo Menezes ao programa Revista Brasil, com o jornalista Valter Lima, na Rádio Nacional de Brasília.

O programa é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília.