De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Burocracia, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, 77% dos entrevistados consideram o Brasil um país muito burocrático ou burocrático e 62% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. O levantamento foi feito com 2.002 pessoas em 142 municípios.
Os brasileiros acreditam que o excesso de burocracia aumenta os gastos públicos, estimula a corrupção e a informalidade e é um dos principais entraves ao crescimento econômico.
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O programa Revista Brasil entrevistou o diretor de Políticas e Estratégica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional de Brasília mais detalhes da pesquisa.
José Augusto explicou que a pesquisa mostra claramente que os cidadãos brasileiros têm uma percepção sobre o que está funcionando ou não no país. Eles acreditam que os serviços ou procedimentos mais complicados são abrir e encerrar uma empresa, comprar um imóvel, fazer um inventário e resolver um problema de aposentadoria ou pensão. Já os procedimentos considerados menos complicados são tirar o CPF, tirar a carteira de identidade e tirar carteira de trabalho.
O diretor da CNI destacou que, de acordo com a pesquisa, os brasileiros não pedem mais ajuda, por exemplo, para limpar o nome no Serasa ou SPC, desligar a luz e a água ou resolver um problema no FGTS ou seguro-desemprego. Entretanto, eles consideram outras coisas muito complicadas e necessitam de ajuda para abir uma empresa, por exemplo, ou para fazer a declaração do Imposto de Renda.
“No Imposto de Renda, surpreendentemente, 29% da população precisa de ajuda formal de uma empresa ou um contador e 12% disseram ter buscado ajuda de amigos. Então, eu acredito que isso mostra que é possível sim a tecnologia de informação nos facilitar fazer essa jornada”, acrescentou.
Confira a entrevista na íntegra no player acima!
O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. A apresentação é de Valter Lima.