O golpe militar chileno foi um dos acontecimentos políticos mais importantes da história chilena e latino-americana da segunda metade do século XX. O golpe, liderado pelo general de extrema-direita Augusto Pinochet, teve aprovação da burguesia e apoio financeiro dos Estados Unidos, ocorreu em 11 de setembro de 1973 e destitui, violentamente do poder, o presidente socialista Salvador Allende.
Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou o pesquisador e coordenador do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional da Unesp, em Franca, Héctor Luis Saint-Pierre, que fez um panorama deste acontecimento histórico, que completou 42 anos neste mês de setembro.
Héctor Luis explicou que hoje o chile reconquistou a democracia. Segundo ele, foi uma transição longa e tutelar, administrada por Pinochet através de senadores biônicos, senadores impostos e certas cláusulas constitucionais que mantiverem certas prorrogativas militares.
“Foram transições à democracia. Quero dizer, não foram transições democráticas, porque foram decisões pactuais e tutelares,” ressaltou.
Na opinião do pesquisador, o Chile, no momento, está muito bem, mas tem seus problemas internos, problemas na distribuição de renda, além de problemas na educação, que ainda são sequelas do neoliberalismo.
De acordo com ele, é um país administrado por uma frente na qual está o partido socialista, mas, também, o partido social-democrata. É uma constelação de partidos e é administrado dentro das possibilidades.
Confira a entrevista na íntegra no player acima!
O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar, de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. A apresentação é de Valter Lima.