O Revista Brasil entrevistou nesta terça-feira (12) o superintendente da Receita Federal do Brasil da 10ª Região Fiscal, Paulo Renato Silva da Paz que falou sobre fiscalização nos pontos de fronteira.
O superintendente, refuta a declaração do representante do Sindireceita Moisés Boaventurade de que pontos da fronteira estão sem a presença dos fiscais da Receita e outros órgãos. Boaventurade foi entrevistado ontem (11) pelo Revista Brasil.
Em resposta ao Moisés Boaventura, o superintendente explica que o Brasil é um país de dimensões continentais. "Nós temos 17 mil quilômetros de fronteira seca. Evidentemente que a presença do estado na fronteira, quanto maior, melhor", diz.
No entanto, Paulo Renato Silva da Paz diz que não há condições de se ter efetivo da Receita Federal e demais órgãos em toda faixa: "no Rio Grande do Sul, por exemplo são 1700 quilômetros de fronteiras terrestres com Uruguai e Argentina", esclarece.
“Temos 12 pontos de fronteiras, nestes 1700 quilômetros, alfandegados, evidentemente quem faz contrabando desvia dos pontos de fronteira”, esclarece.
“Não dá pra dizer que a redução de servidores é o único fator que permite a entrada de contrabando descaminho. Nós trabalhamos com estratégia de investigação para enfrentar as quadrilhas de crimes organizados. É um controle diferente desse que se faz nos pontos de fronteira”, explica.
Paulo Renato Silva comenta que os postos de fronteiras são para atender o viajante internacional regular, ele não funciona e não tem eficácia sobre o ponto de vista da apreensão do ilícito. “É uma outra estratégia, para qual, evidentemente seria importante que pudéssemos repor nossos quadros, que temos tido, em razão da aposentadoria, perdas significativas”, ressalta.
O Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília, Nacional Rio de Janeiro e MEC AM Rio de Janeiro. A apresentação é de Valter Lima.
Saiba como anda o controle das fronteiras no Brasil
