O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) vem alertando a população sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite além da dengue, o zika vírus, que vem causando preocupação por causa da sua relação com os casos de microcefalia.
O Revista Brasil convidou a médica pediatra e especialista em programas do Unicef, Francisca Maria Andrade, para falar sobre o assunto.
Ela diz que independente da microcefalia, o Unicef já vinha se preocupando com a dengue e a febre chikungunya pelos riscos entre gestante e as crianças. Agora, com essa relação da infecção pelo vírus zika com a microcefalia, aumenta a preocupação, afirma.
A ênfase do Unicef nesta questão, segundo a médica, é a prevenção, mobilizando a população para eliminar qualquer criadouro do mosquito.
“Esta deve ser a preocupação de todo cidadão brasileiro, porque não adianta o governo trabalhar sozinho, cada um tem que fazer a sua parte, diz a médica. É importante que haja consciência, mudança de comportamento e prática saudável porque a sua saúde e a de sua família está em risco.”
De acordo com Francisca Andrade, os comitês do Unicef também estão discutindo o diagnóstico e o acompanhamento das crianças com microcefalia, a capacitação dos profissionais para um atendimento adequado e toda orientação para a gestante, mas sem perder o foco, que é o combate ao mosquito.
Ela volta a alertar a população que a faxina semanal é fundamental para eliminar os ovos do mosquito, a larva, para evitar que ele venha a se multiplicar.
Acompanhe esta entrevista sobre a importância do combate ao mosquito Aedes aegypti e as orientações do Unicef no player acima.
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