Pelo menos 77% das 1.781 estações AM do país pediram para migrar para a frequência FM, num processo que começou em 2013. O Revista Brasil convida o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luiz Roberto Antonik, para analisar a importância e o significado desta migração do rádio AM para a faixa FM.
Ele começa dizendo que isto é da maior importância porque no Brasil existem quase duas mil emissoras de rádio AM, e elas estão fadadas a desaparecer, por conta do crescimento das cidades. Ele explica que o ar condicionado, controle remoto, fios de alta tensão prejudicam o espectro radioelétrico. "Então a rádio AM tem o som muito prejudicado pelo desenvolvimento. E então, no mundo inteiro, os governos estão procurando alternativas, para solucionar essa questão técnica da rádio AM."
Antonik também explica que a antena do AM, por ser grande, não cabe num aparelho celular e por isto a rádio AM perdeu a mobilidade. Portanto, o governo brasileiro entendeu a questão e, com a assinatura do termo aditivo que autoriza a migração, mais de 300 emissoras estão aptas a migrar e, daqui a três meses, já estarão funcionando na FM.
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