Intolerância religiosa tem legislação, mas pouca gente punida; ouça debate

Ontem (21) foi celebrado o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. A questão foi debatida com especialistas pelo Revista Brasil desta sexta-feira (22).

Para o procurador do estado do Rio Grande do Sul Carlos Henrique Kaipper, uma das causas de atos de intolerância religiosa é a impunidade. “Nós temos um arcabouço jurídico bem amplo tratando do tema, que começa inclusive na própria Constituição e o Código Penal Brasileiro. “Esse crime não tem uma compreensão da autoridade policial, do judiciário e acaba sendo dissimulado como uma briga de vizinho, uma rixa, uma ameaça e não atinge especificamente o que deveria atingir.” Ressalta o procurador.

Nos últimos cinco anos, 15 sacerdotes afro-brasileiros (pais e mães de santo) foram assassinados em Manaus (AM), terreiros são incendiados, mas atualmente, no Brasil, apesar de todos esses dados não tem ninguém está preso por intolerância religiosa, lamenta a jornalista Rosiane Rodrigues.

Clique no player no topo da matéria e ouça o debate completo, que traz dados e a opinião de especialista sobre o tema. 

Além do procurador Carlos Henrique Kaipper, também participaram do debate, o professor de Filosofia da Universidade de Brasília, Agnaldo Cuoco Portugal e a jornalista, mestra e doutoranda em Antropolia e pesquisadora do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos da Universidade Federal Fluminense, Rosiane Rodrigues.

Às sextas-feiras o Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília, entra em rede com as Rádio Nacional do Rio de Janeiro e Rádio MEC AM do Rio de Janeiro, com mediação dos jornalistas Valter Lima, da Nacional de Brasília e Marco Aurélio Carvalho, da Rádio MEC AM do Rio de Janeiro.