O Tarde Nacional-Amazônia desta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, falou sobre os impactos da maternidade na produção científica brasileira. A entrevistada foi a docente e pesquisadora do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Fernanda Staniscuaski. Ela também é criadora do movimento Parent in Science.
Segundo ela, com a impossibilidade da dedicação exclusiva às pesquisas, o primeiro impacto sentido pelas mães é a diminuição na produção científica; o que acaba refletindo nas verbas destinadas aos estudos.
“Nosso projeto surgiu com a ideia inicial de buscar parcerias, públicas e privadas, na tentativa de criar um fundo de financiamento de pesquisa específico para cientistas que se tornaram mães. Mas foi aí que percebemos que não existiam dados no Brasil para serem trabalhados, porque nunca havia sido feito um estudo sobre esse assunto”, disse Fernanda Staniscuaski.
Ela conta que, desde o início de 2017, questionários voltados a pesquisadoras com ou sem filhos estão disponíveis na internet. Os resultados serão tema de discussão no I Simpósio Brasileiro sobre Maternidade e Ciência, que vai acontecer nos dias 10 e 11 de maio, na PUC de Porto Alegre.
Fernanda Staniscuaski ressalta que o objetivo do movimento é preservar o direito dos filhos de terem pais dedicados a eles, além de garantir a continuidade das pesquisas que são lideradas por mulheres e que têm relevância nas mais diferentes áreas, principalmente se levarmos em conta que as elas representam metade dos cientistas atuantes no país.
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O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 16h, pela Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.