O Tarde Nacional - Amazônia tratou, nesta quarta-feira (5), sobre um estudo que registrou indicadores positivos na situação socioeconômica de Roraima no período de intensificação dos fluxos migratórios venezuelanos. Para entender melhor este assunto, Juliana Maya conversou com o pesquisador da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV DAPP), Wagner Oliveira.
"O estudo foi realizado nos últimos quatro meses de 2019 e lançado recentemente. A gente analisa dados que vão desde o início da década, quer dizer 2010, mas a gente foca no período em que os fluxos começam a se intensificar, que é principalmente final de 2017 e início de 2018. Entre os indicadores utilizados, tivemos uma gama bem variada de informações como atividade econômica do Estado, as pesquisas em relação a agropecuária, mercado de trabalho e também indicadores de finanças públicas, no caso dos impostos", diz Oliveira
Na entrevista, o pesquisador cita a resposta da Operação Acolhida e outras instituições não-governamentais nacionais ou internacionais que passaram a operar no Estado depois do fluxo migratório. E com isso, cresce a demanda local por bens e serviços, sem contar a dos próprios venezuelanos. O que influencia positivamente a economia de Roraima. Ainda segundo Wagner, esse foi um fenômeno particular de Roraima não identificado em outros estados da região Norte.
Nos últimos sete anos, mais de 250 mil venezuelanos solicitaram refúgio ou residência no Brasil - a grande maioria entrando por Roraima. Desde abril de 2018, com a intensificação do fluxo, o país liberou mais de R$ 500 milhões para a Operação Acolhida, a resposta humanitária do governo federal em conjunto com agências da ONU e organizações da sociedade civil.
Quer saber mais sobre a pesquisa? Confira a entrevista completa no player acima.
O programa Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 13h às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.