O Tarde Nacional - Amazônia desta quarta-feira (16) falou sobre como lidar com a dor do luto durante as festas de fim de ano, especialmente em 2020, quando muitas pessoas perderam entes queridos e não tiveram a oportunidade de se despedir por causa da pandemia de coronavírus.
A entrevistada é Maria Emídia de Melo Coelho, psicóloga clínica especializada em luto e cuidados paliativos e mestre em ciências da religião.
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Respeito
Segundo a psicóloga, deve-se respeitar a dor de quem está de luto.
"O luto é muito individualizado. Quem quiser ajudar escrevendo uma carta, por exemplo, para o enlutado, isto traz um grande alívio. O enlutado também pode escrever, ouvir música, se recolher, ficar triste e se recordar, mas cada um tem a sua forma de passar pelo luto... O importante é respeitar", afirmou.
Duplo luto
Maria Emídia explicou que as pessoas estão duplamente enlutadas, já que devido à pandemia, foi cortada a possibilidade de velório, uma despedida que concretiza a morte.
Ela reiterou que o luto nunca acaba. Em algum momento, a dor se torna uma saudade positiva.
"O luto não acaba nunca. Ele muda de aspecto", esclareceu.
Impactos
A especialista considera que os impactos serão vistos mais à frente.
Ela falou também sobre algumas formas de lidar com o luto, como escrever, ouvir uma música e se recolher.
O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.