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Dia 25 de junho é o Dia Mundial do Vitiligo

Especialista explica sobre a doença e suas causas

Tarde Nacional - Amazônia

No AR em 25/06/2021 - 13:30

Nesta sexta-feira (25), é o Dia Mundial do Vitiligo, doença não contagiosa, caracterizada pelo surgimento de manchas brancas na pele em áreas específicas do corpo. Para falar sobre a conscientização da doença, o Tarde Nacional – Amazônia trouxe a Dra. Daniela Antenelo, Dermatologista do Centro de Tratamento do Vitiligo e professora adjunta de Dermatologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

Segundo ela, o vitiligo é uma doença autoimune, que causa o desequilíbrio do sistema imunológico, e para o acometimento é necessária uma tendência genética. Em entrevista, a médica explica como funciona o comportamento da doença no corpo:

“Dentro da pele, a gente tem células chamadas linfócitos, que normalmente seriam células de defesa, mas nesse desequilíbrio autoimune, as células começam a agredir e destruir os melanócitos, que são células dentro da pele e que produzem a melanina, pigmento da pele.”

De acordo com Daniela, o vitiligo é caracterizado por diferentes níveis, como o sedimentar, que acomete só uma parte da pele, o não sedimentar, que possui manchas localizadas, o acro facial, ao redor dos olhos, bocas, região genital, e pontas dos dedos das mãos e dos pés, e a generalizada que acomete todos os lados do corpo e membros. São despertados por fatores emocionais, como o estresse, que desencadeia e precipita o surgimento.

“É necessário um acolhimento, é necessário conhecimento das terapias que existem, e mesmo que o médico não tenha aquela expertise, referenciar para um colega que saiba como conduzir. Isso é bastante importante.”, comenta a médica.

A maior consequência da doença é a alteração cosmética da pele, mas também causa impactos psicológicos, emocionais e sociais, sendo de suma importante a atenção à saúde mental do paciente. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia criou um passo a passo de como tratar o vitiligo para orientar os dermatologistas.

“Quando a doença chega, ninguém está preparado para ela. E uma doença que é crônica, é preciso que o especialista não só trate as manchas, mas que veja essa questão da qualidade de vida, de saúde mental.”, afirma a doutora.

O tratamento varia de acordo com a extensão, estabilidade das manchas, e idade do paciente. É feito através de corticoides locais, prescritos por médicos, cremes específicos, fototerapia, e medicações orais.

Em conversa com Juliana Maya, a médica fala sobre o movimento de autoaceitação, e da quebra de tabu a respeito da estética da doença, e dá dicas para os cuidados com a pela para as pessoas acometidas pelo vitiligo.

Criado em 25/06/2021 - 18:53

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