O programa Tarde Nacional - Amazônia abordou o histórico, no Brasil e no mundo, da Filariose Linfática, que pode causar a Elefantíase. A doença ainda é negligenciada pela OMS, por afetar populações pobres e possuir baixos investimentos em estudos e tratamentos. O entrevistado foi o pesquisador Abraham Rocha, coordenador do Serviço de Referência Nacional em Filarioses da Fiocruz Pernambuco.
Ele contou como o Brasil saiu de um estágio de 11 cidades endêmicas, no anos 50, até chegar na situação atual, na qual a doença não foi erradicada, mas está sob controle (alguns casos ainda são notificados na região metropolitana de Recife). Ele relatou, inclusive, como o estado do Pará teve papel fundamental nesse controle da doença e como o estado de Pernambuco fez descobertas importantes para a compreensão do comportamento do parasita no corpo humano.
A Filariose Linfática é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Culex Quiquefasciatus (popularmente conhecido como muriçoça ou pernilongo), quando infectada com larvas do parasita Wuchereria Bancrofti. Para se contaminar, a fêmea do mosquito precisa picar uma pessoa já infectada pelo parasita, que é minúsculo (só pode ser visto por meio de microscópio). Em sua forma aguda e avançada, a doença abre caminho para infecções que podem levar à Elefantíase, que é o acúmulo anormal de líquidos em regiões do corpo, como pernas, braços e bolsa escrotal.
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O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.