No Dia de Finados, o programa Tarde Nacional - Amazônia falou sobre o processo do luto e a importância de se falar sobre a morte.
A entrevistada foi a psicóloga especialista em Luto, Júnia Drumond. Ela é também coordenadora do Grupo de Atendimento a Enlutados (GAL) da Sociedade de Tanatologia e Cuidado Paliativo de Minas Gerais (Sotamig).
Segundo a especialista, o luto é um processo individual, que requer compreensão, acolhimento e em alguns casos, ajuda profissional.
Júnia ressaltou que não existe um tempo certo de início, meio e fim para o luto. Trata-se de um processo de adaptação.
A psicóloga falou ainda sobre a visão da morte em diferentes culturas e ressaltou a importância de se tratar o tema com mais naturalidade. Inclusive, ressaltando que o sentimento de culpa pode ser um grande complicador no processo do luto.
Júnia Drumond orientou sobre como as pessoas próximas podem ajudar um enlutado.
“A gente fica muito preocupado com o que a gente vai falar, o que a gente pode fazer para aquela pessoa, o que a gente vai falar para tirar aquele sofrimento. E a gente sabe que quando a gente perde alguém, não há nada que cesse rapidamente aquele sofrimento. Então, eu acho que a presença, essa escuta, muito mais que a fala, seriam ações muito importantes e significativas para quem está no momento de luto. A gente poder respeitar o tempo daquela pessoa. A gente entender que esse processo vai ser super sinuoso, cheio de altos e baixos. E não é uma sequência de estágios a serem superados e que ela, finalmente, superou o luto e tá tudo resolvido. Não. O luto é cheio de nuances”, frisou.
Quer saber mais? Então clique no player acima e confira a entrevista na íntegra!
O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.