O Tarde Nacional - Amazônia falou sobre a maternidade atípica, que não costuma ser vista nas campanhas de Dia das Mães. A entrevistada foi a jornalista e escritora Andrea Werner, que também é ativista, neurodivergente e fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa.
Ela relatou como a sociedade muitas vezes culpabiliza as mães de crianças autistas com argumentos anticientíficos e explicou que o autismo em 90% dos casos é uma condição genética hereditária, ou seja, não é resultado de algo que a mãe possa ter feito ou deixado de fazer. Andrea citou também a falta de rede de apoio para essas mães, que na maioria das vezes acabam sendo abandonadas pelos companheiros e rejeitadas no mercado de trabalho formal, acumulando uma sobrecarga que leva muitas à depressão e até ao suicídio.
A jornalista ressaltou que é o desespero e a desinformação que faz com que muitas mães caiam em golpes e falsos tratamentos que prometem a cura do autismo. E ela frisa: "não existe cura para o que não é doença". Por isso, ela deu dicas de onde buscar informações para entender a neurodiversidade e o anticapacitismo, inclusive seguindo autistas nas redes sociais e trocando experiências com outras mães atípicas.
Segundo Andrea, mais importante do que idealizar os filhos e fazer planos pra eles, é fortalecer sua autoestima, pra que eles entendam que não estão "quebrados" ou errados no mundo.
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O Tarde Nacional – Amazônia vai ao ar de segunda a sexta no horário de 15h às 17h pela Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.