Domingo, 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. No Brasil, houve uma redução do número de fumantes em torno de 30%, mas ainda há muita gente correndo o risco de ter graves doenças. A coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Eliane de Fátima Duarte, diz que é supreendente que em 2015 ainda existam tantos fumantes não só no Brasil, como no mundo inteiro, porque é um hábito difícil de ser abandonado.
"É necessário que os fumantes e parentes os ajudem a procurar tratamento especializado porque a nicotina é a droga que causa mais facilmente a dependência. É mais fácil ficar dependente do cigarro do que com a cocaína. Basta um trago com o cigarro para a dependência da nicotina se concretizar, conforme vários estudos científicos", diz a médica.
Ela explica que a nicotina libera endorfina e isso faz a pessoa se sentir relaxado. É como se a pessoa estivesse estressado e fumando ela se sente como se estivesse conversando com um amigo, mas é ilusão e fantasia, porque o cigarro aumenta a pressão arterial e os batimentos cardíacos.
A médica lembra que existem vários meios de deixar o vício. O Hospital Universitário de Brasília tem um programa permante de assistência todas as quartas de manhã, onde todos os fumantes podem comparecer, ou para continuar o programa ou para começar o tratamento. Segundo a médica, entre 80% e 90% dos tratamentos para abstinência de qualquer dependência, em especial a do cigarro, a pedra fundamental é a terapia congnitiva comportamental, que é feita na terapia de grupo. Os medicamentos apenas auxiliam na fase aguda.
Saiba mais sobre o assunto com a coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo do HUB, nesta entrevista ao Tarde Nacional da Rádio Nacional de Brasília, com a jornalista Fátima Santos.
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